terça-feira, abril 06, 2010

Entrevista com Nova Diretora do Instituto de Missões

Os missionários podem não aprender coisas tais como nova culinária em três semanas, mas durante o curso intensivo do Instituto de Missões Mundiais eles são iniciados em sensibilidade cultural, diz a nova diretora do Instituto, Cheryl Doss.
Doss não é uma estranha à adaptação a novas culturas -- uma nativa dos Estados Unidos, ela passou seus anos de adolescência na região sul da Àfrica onde conheceu o seu marido. O casal mais tarde retornou para o Maláui, onde serviram como missionários por 16 anos e ali formaram uma família.

"Você precisa dispor-se a renunciar a alguns de seus confortos, talvez mesmo a coisas que considere essenciais", diz ela. "A ideia é seguir a Jesus, que veio à Terra como exemplo de um missionário", aduz.

Desde 1966, o Instituto de Missões Mundiais -- sediada no campus da Universidade Andrews, da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em Berrien Springs, Michigan, EUA -- tem ajudado a suavizar a transição entre culturas para milhares de missionários e voluntários por todo o mundo.


O Instituto atualmente treina até 120 missionários e suas famílias todo ano durante cerca de quatro programas intensivos em vários locais. No próximo mês, 27 se reunirão na Tailândia. O curso tem o objetivo de equipar os missionários com as ferramentas e a preparação mental de que precisam para "não só sobreviverem, mas crescerem" num novo ambiente, explica Doss.

"Se você aprender a trabalhar com pessoas muito diferentes de você e amá-las no Instituto de Missões, pelo menos saberá que é possível, e tem uma melhor chance de fazê-lo fora dali", diz ela.

A atitude de um missionário ou missionária para com a mudança é que enraizará bem tal obreiro numa nova cultura, comenta Doss. "Poderão suspender o juízo ao verem diferenças? Podem apreciar as pessoas que são diferentes, e mesmo afirmar essas diferenças? E podem sobreviver como uma família intacta e manter a espiritualidade pessoal em meio a tudo isso?"

Atualmente, como diretora, Doss diz que a equipe de cinco membros do Instituto espera expandir os seus serviços. Na sua lista de afazeres consta o desenvolvimento de um banco de dados online para materiais de treinamento, auxílios para instrução e outros recursos para missionários, voluntários e educadores. "Estamos constantemente desenvolvendo novas coisas, e desejamos torná-las acessíveis às pessoas por toda parte", ela diz.

De particular interesse a Doss está a expansão de um programa de educação contínua para missionários. Um programa intensivo de três semanas poderia ser suficiente para assegurar um fundamento seguro, mas "precisa ser reforçado", diz ela, para não mencionar que os missionários inevitavelmente defrontam desafios e situações que não poderiam ter antecipado antes de mudar-se para uma nova cultura.

"Gostaríamos de ter um sistema de apoio online, uma vez o choque cultural realmente se manifeste, ou se um casal começa uma família e fica sem saber como criar os filhos noutro país", explica Doss.

Sob a sua administração, Doss também gostaria de ver o Instituto desenvolver um enfoque mais forte em pesquisa e continuar a servir como um recurso de missão para a Igreja. O Instituto espera estudar os missionários e suas famílias para compreender melhor a dinâmica da família e questões relacionadas a ajuste cultural e eficácia do trabalho. "Precisamos aprender o que ajuda os missionários a serem eficazes de modo a podermos habilitá-los a servir melhor à missão da Igreja", Doss admite.
 
Por Elizabeth Lechleitner/ANN.
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