sexta-feira, abril 11, 2008

Que a Comunidade Seja o Púlpito

Não confinem a espiritualidade aos bancos da igreja, disse o presidente mundial da Igreja Adventista, Jan Paulsen, a um grupo de dirigentes denominacionais ontem durante comentários que visavam a inspirar mais envolvimento comunitário deliberado pelos adventistas que -- a despeito de recentes ligeiras melhorias -- ainda têm pouca atuação além do púlpito, segundo oficiais da Igreja.

A conduta dos membros da Igreja dentro da comunidade é uma "confirmação ou negação de nossa fé", declarou Paulsen, acrescentando que "o silêncio pode ser uma falha de mesma proporção quanto a se falar palavras erradas".

"A fé que possuímos não é mais bem explicada por acadêmicos ou teólogos. Nossa fé encontra sua expressão mais vigorosa nas palavras e ações do dia-a-dia dos crentes em suas comunidades", comentou Paulsen. "Desejamos que o público nos conheça", ele disse."Há momentos em que você deve dar um passo atrás e considerar como a sua vida é percebida pelos olhos de alguém que não compartilha a sua fé", disse Paulsen.

"Como deseja que seja a percepção de tal pessoa?", ele perguntou, sugerindo várias características que os adventistas deveriam buscar manter -- entre elas compaixão, tolerância, respeito e generosidade.

Ele citou esforços da Igreja em promover liberdade religiosa por todo o mundo, e acrescentou: "desejo que o público pense nos adventistas como os mais fortes defensores da liberdade -- liberdade para pensar, liberdade para manter convicções e liberdade de comunicá-las".Das convicções mantidas pelos adventistas, Paulsen declarou que o compromisso da Igreja com educação e viver saudável são as duas formas em que os adventistas podem influenciar a esfera pública por oferecer algo relevante, antes que algo que causa divisões.

Durante a discussão que se seguiu aos comentários de Paulsen, outros dirigentes da Igreja fizeram observações semelhantes. "Tem havido ocasiões no passado em que a única ocasião em que o público nos via era quando estávamos pedindo donativos ou tentando convertê-los", disse Gary Krause, diretor do Escritório da Missão Adventista. "Penso que devemos sempre ter essa ambição de conduzir as pessoas a Jesus, mas a menos que estas percebam que nos preocupamos com o seu bem-estar mesmo que nunca se decidam tornar-se adventistas, nunca seremos vistos como uma Igreja que revela tal interesse pelas pessoas".

"Desejo que os adventistas sejam conhecidos como pessoas honestas que ensinam e praticam a moralidade, pessoas com os mais elevados padrões éticos, pessoas que falam contra a ambição e contra atitudes manipuladoras que causam tanto mal à sociedade", acrescentou ele.

March 28, 2008 Silver Spring, Maryland, United StatesElizabeth Lechleitner/ANN

Um comentário:

felipe disse...

O artigo é muito interessante, mostra a realidade que vivemos, mas não é por isso que vamos desistir.
Um amplexo
Janei Rezende