quinta-feira, agosto 19, 2010

A Igreja de Mais Rápido Crescimento nos EUA

A Igreja Adventista do Sétimo Dia em Atlanta está crescendo rapidamente num país onde o resto da denominação cresce lentamente. Embora os jovens adultos estejam ausentes em muitas das congregações pelo país, a Igreja Adventista Bereana, de Atlanta, os tem atraído e mobilizado, juntamente com outros membros, para realizar atividades de alcance à comunidade e evangelismo tradicional.

A igreja, de 3.800 membros, no ano passado ganhou o maior número de membros dentre todas as igrejas nos Estados Unidos. Poderia obter a mesma distinção este ano -- no mês passado, a rede de telejornal CNN filmou um batismo na igreja, ao 110 pessoas se tornarem membros depois de uma série de reavivamento.

Ao dezenas de milhares de membros da Igreja Adventista se reunirem este mês em Atlanta para a assembleia mundial de 11 dias, da Igreja, o pastor titular da Igreja Bereana, Carlton P. Byrd, diz que mal pode esperar que cheguem para ver o estado da Igreja ali. "Eles vão descobrir que os adventistas em Atlanta são sérios", diz Byrd. "O evangelismo está vivo e vai bem".

O negócio do ministério
Byrd tem mentalidade de negócio. Além de seu doutorado em teologia, ele também obteve um mestrado em administração e participou de estágios em empresas antes de ingressar no ministério, a profissão de seu pai e avô. Ainda como estudante de faculdade ele seguia programas tanto de Teologia quanto de Administração. Esse duplo empenho ajudou-o a ser um líder mais eficaz, diz ele.

"Não se enganem, os pastores são líderes espirituais", Byrd diz, "mas a realidade é que a liderança espiritual que devemos aplicar situa-se numa organização".

A igreja de 107 anos, responsável por mais de 30 congregações dela derivadas ao longo dos anos, agora atende ativamente a jovens profissionais e jovens famílias. Conquanto a liderança de Byrd seja claramente de seu estilo próprio, é apoiada pela filosofia da congregação que o escolheu como pastor sênior em 2006, quando tinha 34 anos de idade.

A congregação e várias semelhantes destacam-se em meio a uma membresia que se fixou num limite de crescimento nos EUA, dizem dirigentes denominacionais. Um empenho evangelístico em 2009 aumentou o número de membros para pouco mais de 1,1 milhão. Contudo, a idade dos membros da Igreja está aumentando na nação de 310 milhões de pessoas e local de seu surgimento há 150 anos. A idade média dos EUA é 36,8 anos, segundo o Escritório de Recenseamento dos EUA, enquanto a idade média dos adventistas no país é de 51 anos, segundo dados da denominação.

"Temos lutado muito para crescer na América do Norte e sabemos disso", diz Carolyn R. Forrest, secretária-associada da Igreja Adventista na América do Norte. "Temos que fazer algumas coisas de modo diferente".

Fazendo Crescer Uma Igreja
A pesquisa de Sahlin diz indica que o crescimento da igreja significa manter a identidade e doutrinas adventisas, mas aceitar novos membros potencialmente diferentes de si mesmos. Muitas igrejas, diz ele, perderam o interesse em crescer. Mas para aquelas que estão crescendo, muitas têm uma estratégia de longo alcance para o envolvimento comunitário.

Alguma evidência tem sugerido que fatores-chave para o crescimento é fazer os membros se envolverem e buscarem alcançar outros. "Desafortunadamento, na sua maioria, nossos pastores não são muito de delegar e levar as pessoas a se envolverem", declara Monte Sahlin, um pesquisador para a Igreja no Estado de Ohio, que tem conduzido centenas de avaliações de Igrejas locais para a Igreja Adventista na América do Norte.

Para Byrd da Igreja Bereana de Atlanta, esse ministério é o seu trabalho de tempo integral. "Eu não fui chamado apenas para ser pastor da igreja", diz ele. "Devo pastorear a comunidade".

23 Jun 2010, Silver Spring, Maryland, United States
Ansel Oliver/ANN

Evangelismo Adventista Obtém Reconhecimento em Conferência Mundial Sobre Missões

Os adventistas do sétimo dia estiveram entre representantes de mais de 100 denominações cristãs que se reuniram em Edimburgo, Escócia, no mês passado para antecipar o futuro de missões mundiais.

O evento marca os 100 anos da primeira Conferência Missionária Mundial de Edimburgo, considerado um divisor de águas na formação colaborativa de missões.

Enquanto vários adventistas estiveram presentes na conferência de 1910 como delegados, líderes da Igreja participaram pela primeira vez este ano, uma prova da reputação da denominação quanto a evangelismo, disse Ganoune Diop, diretor do Centro de Estudos de Missão Global, da Igreja Adventista. "O cristianismo mundial não pode abordar a questão de missões sem levar em conta o impacto da obra missionária adventista mundial", disse Diop, que co-presidiu a sessão sobre Fundamentos de Missões, um dos nove temas durante a conferência.

Outros tópicos incluíram missão cristã entre outras fés, missão e pós-modernistas, as comunidades cristãs em contextos contemporâneos e discipulado autêntico.

Os delegados -- entre eles os adventistas Cheryl Doss, diretor do Instituto de Missão Mundial, da Igreja, e John McVay, erudito de Novo Testamento e presidente da Universidade Walla Walla -- representaram 77 entidades nacionais, 65 países de origem e 62 línguas.

Durante a conferência, levada a cabo entre 2 e 6 de junho, os delegados moldaram a missão e testemunho cristão no século 21, e também passaram em revista marcos em missão desde a conferência de 1910. Entre os marcos acentuados esteve o ministério médico adventista do Hospital Memorial Andrews durante os anos de 1940 na Jamaica, onde hoje um em cada 11 cidadãos é adventista.

Diop disse que os delegados aprenderam a ver a missão como o "pulsar do coração" de Deus, uma experiência inspiradora de humildade e revigoradora.

Trabalhar com outras fés para impulsionar a missão em eventos como a Conferência Missionária Mundial de Edimburgo não significa que a Igreja está a comprometer suas crenças distintas, integridade doutrinária ou atividades missionárias, disse Diop. "Os adventistas são, de fato, incentivados a colaborar com qualquer agência que promova a Cristo", disse Diop, fazendo referência a uma declaração das Praxes Operacionais.*

"Como adventistas, não fazemos parte do movimento ecumênico. É claro que não nos restringimos a nossas doutrinas e valores, mas o tema desta conferência era o testemunho, com Cristo como uma força mobilizadora. Essa é certamente uma área de visão comum em torno da qual podemos nos reunir", explicou Diop.

* "Reconhecemos aquelas agências que soerguem a Cristo perante os homens como parte do plano divino para a evangelização do mundo, e temos em alta estima homens e mulheres cristãos em outras comunhões que estão empenhados em ganhar almas para Cristo". [Praxe Operacional, no 75.]

29 Jul 2010, Silver Spring, Maryland, United States
Elizabeth Lechleitner/ANN

Evangelismo, 'Um Processo, Não um Evento', Dizem Dirigentes Adventistas

O evangelismo é um processo, não um evento, disseram dirigentes mundiais adventistas do sétimo dia durante uma análise passando em revista o evangelismo.

Embora o evangelismo tradicional da Igreja muitas vezes envolvesse eventos de pregação de uma semana com pouco acompanhamento, a eficácia do evangelismo público hoje em dia depende de compromisso, envolvimento dos membros da Igreja que criem vínculos de amizade e discipulem os novos membros, disseram delegados do Concílio Sobre Evangelismo e Testemunho que se realiza antes da Assembleia da Associação Geral.

Os pastores, evangelistas e outros dirigentes devem criar uma "cultura de envolvimento" entre os membros, disse Michael L. Ryan, um vice-presidente da Igreja a nível mundial, dirigindo-se a delegados reunidos na sede mundial da Igreja numa reunião de todo um dia em 1º. de abril, precedendo as reuniões do Concílio de Primavera esta semana.

"É fácil fazer apropriações de orçamento, contratar um evangelista e arranjar uma reunião, mas o que faríamos se não tivéssemos um centavo para gastar com o evangelismo?" indaga o evangelista Bob Folkenberg Jr. aos delegados, acrescentando que leigos -- "membros ativos com um estilo de vida de evangelismo"-- são a resposta, "esteja você em Manila ou Manhattan".

O evangelista Bruce Bauer lembrou aos delegados que mantivessem o estilo de Jesus de evangelismo no Novo Testamento em mente -- atender às necessidades e edificar confiança antes de compartilhar crenças. "Você não pode pregar eficazmente se não sabe de onde procedem as pessoas", declarou Bauer. "A amizade é a base do testemunho que apela às pessoas".

Bauer também descartou a noção de evangelismo "tamanho único". "Nenhum esforço evangelístico irá alcançar todo mundo", ele disse, acrescentando que o evangelismo não devia ser feito ao acaso, mas com pesquisa demográfica em mente. Mais tarde, Ryan repetiu esse ponto, apelando a um "evangelismo contextualizado".

Como um estudo de caso para tal evangelismo, Mark Finley, um vice-presidente da Igreja a nível mundial, e Johnson Swamidass, evangelista na Índia, descreveram o evangelismo da Igreja Adventista em Chennai, Índia. Ali, a membresia cresceu de sete igrejas em 1994 para 154 hoje, basicamente devido ao "evangelismo deliberado", tais como reuniões de grupos da Igreja que se reúnem em estações do metrô principais da cidade, Finley disse.

Durante uma seção de perguntas e respostas que dividiram as sessões da manhã e da tarde, Jairyong Lee, presidente da região da Ásia-Oceano-Pacífico do Norte da Igreja, aplaudiu a ênfase dada ao evangelismo de leigos, mas disse serem necessárias idéias práticas de motivar melhor uma congregação.

"Muitas vezes somente dizemos aos nossos membros, 'Saiam e se envolvam', mas raramente reconhecemos o seu trabalho. Penso que se o fizermos, eles serão estimulados a continuar evangelizando", disse Lee.

Também é necessária uma modificação "na cultura de igreja", disse Bertil Wiklander, presidente da região Trans-Europeia da denominação. "Há algo muito errado com uma igreja onde os membros somente assistem a reuniões, escutam sermões e dão dízimos e ofertas", ele disse, acrescentando que algumas igrejas realçam o intelectualismo sobre a espiritualidade, doutrina sobre relacionamento, e se tornaram "demasiado sagradas", acentuando "exclusividade à custa de compaixão".

Embora alguns líderes da Igreja especulem que regiões tais como a Trans-Europeia não sejam receptivas ao evangelismo tradicional, Barry Oliver e Gary Webster, dirigentes da Igreja no Pacífico Sul, disseram que as chamadas culturas "pós-modernas" podem ser alcançadas pelo evangelismo público. "Temos visto resposta positiva ao evangelismo público tanto na Austrália urbana quanto nas Ilhas do Pacífico, onde se poderia esperar uma melhor recepção", comentou Oliver, presidente da região eclesiástica do Pacífico Sul.

Ali, o Instituto de Evangelismo Público, dirigido pela denominação, treina mentores evangelistas jovens, depois os coloca em áreas com pouca liderança forte. Em algumas regiões, a membresia chegou a triplicar como resultado, dizia um relatório do Instituto.

O presidente regional da Igreja na América do Sul, Erton Köhler, compartilhou a ênfase da área em projetos de evangelismo de larga escala destinados a unificar os membros e motivar o evangelismo contínuo.

Köhler disse que os projetos de maior sucesso da região são "simples e relevantes", como um esforço atual para incentivar a observância do sábado, acentuando que as pessoas são programadas para uma folga semanal da tensão do dia-a-dia.

Mais adiante os delegados ouviram um relatório da Bulgária, onde um projeto evangelístico está conscientizando contra o matrimônio infantil entre a grande comunidade de muçulmanos ciganos, onde crianças são regularmente arranjadas para matrimônio com idades de 10 ou 12 anos, disse Bruno Vertallier, presidente da Igreja na região da Euro-África.

Acentuar a natureza prática da mensagem de esperança da Igreja é crucial, disse Finley. "Se pudermos mostrar que a Bíblia é intelectualmente crível, mas também intensamente prática e relevante -- isto é, pode ajudar o meu matrimônio, pode ajudar a minha família -- se você misturar essas duas coisas, podemos ser mais diretos em compartilhar nossa fé do que alguns de nós jamais pensaríamos", ele destacou.

8 Apr 2010, Silver Spring, Maryland, United States
Elizabeth Lechleitner/ANN

Cidade Homenageia o Primeiro Missionário Adventista à Espanha

Oficiais desta cidade do sul da Espanha honraram a memória do missionário adventista pioneiro do país, um dos vários mártires da liberdade religiosa e democracia do início do século 20, cujos túmulos foram mais tarde profanados.

Em 1914, Walter Bond, um missionário dos Estados Unidos, morreu aos 35 anos, supostamente envenenado por pregar os ensinamentos adventistas.

O nome de Bond foi adicionado ao Muro de Honra de Baeza no mês passado durante uma cerimônia que incluíu o prefeito, autoridades municipais e líderes da Igreja Adventista.

"Muitos dos defensores da liberdade de consciência durante este tempo, considerados inimigos do Estado, foram tratados de modo igual", disse Pedro Torres Martinez, diretor de comunicação da Igreja Adventista na Espanha.

Em alguma ocasião entre 1943 e 1945, o túmulo de Bond foi profanado e seus ossos levados. "Durante esse período da história espanhola, muitos túmulos dos 'inimigos do Estado' -- incluindo os defensores da democracia, ou que não professavam a fé católica -- foram igualmente profanados, com a idéia de que a sua memória seria apagada para sempre", disse Martinez.

Bond casou-se com Leola Gerow em 12 de novembro de 1902. Pouco tempo depois, Walter, Leola e Frank viajaram para a Espanha para atuar como missionários. Eles chegaram em Barcelona em 22 de junho de 1903. Em junho de 1904 batizou os três primeiros conversos locais. Muitos outros se seguiram e, posteriormente, criaram a primeira congregação adventista na Espanha. Em 1905, Bond se tornou o líder da missão espanhola.

Um dos primeiros membros locais, Lope de San Nicolas, também se tornou um missionário bem-sucedido. Lope despertou grande interesse pelo evangelho na pequena cidade de Baeza, localizada a cerca de 460 quilômetros a sudoeste de Barcelona. Lope convidou Bond para apresentar uma série de palestras sobre a Bíblia lá.

Em 13 de outubro de 1914, Bond chegou em Baeza para conduzir a campanha de pregação. Em 1o. de novembro, uma mensagem telegráfica foi enviada para o irmão de Walter, Frank, afirmando que Walter estava prestes a morrer. Frank Leola e correram para o seu lado.

Jesús Calvo, à esquerda, presidente da Igreja Adventista na Espanha, apresenta uma carta dos descendnetes de Walter Bond ao prefeito Baeza, Leocaido Marín.

Bond morreu em 12 de novembro aos 35 anos. Um médico disse a Leola que o seu marido tinha sido envenenado. Em seu leito de morte Bond disse, "Eu perdôo meus assassinos". Ele foi enterrado no cemitério de Baeza. Dois meses depois, sua viúva, grávida e três filhos voltaram para os Estados Unidos.

Nos últimos anos, autoridades da cidade de Baeza restauraram os monumentos em memória daqueles que outrora estiveram contra o regime totalitário ou eram considerados uma "desgraça" para a Espanha. A placa homenageando Walter Bond aparece agora no cemitério de Baeza.

O prefeito de Baeza, D. Leocadio Marín, e um oficial da cidade presidiram a cerimônia. A Igreja Adventista foi representada pelo presidente da Igreja na Espanha, Jesús Calvo, o ex-diretor dos arquivos históricos da Igreja na Espanha e organizador do evento, Andrés Tejel, e outros pastores e inúmeros membros da Igreja. O representante da Igreja na região da Euro-África, Roberto Bádenas, descerrou uma placa comemorativa.

Para concluir a cerimônia, Calvo, presidente da Igreja Adventista na Espanha, leu uma carta de descendentes de Bond agora vivendo nos Estados Unidos, e a assembléia cantou seu hino preferido "Nós nos reuniremos junto ao rio".

O evento foi amplamente divulgado pela mídia local e recebeu cobertura da Rádio Pública Nacional da Espanha.

O trabalho pioneiro de James Bond, que não só lhe custou a vida, mas também trouxe a profanação de seu túmulo, não foi sem sucesso final. Hoje existem mais de 15.000 adventistas na Espanha, e muitos oficiais governamentais consideram o movimento com simpatia, informaram líderes da Igreja local.


17 Jun 2010, Baeza, Andalusia, Spain

ANN staff
-- com reportagem de Pedro Torres Martinez

Na América do Sul, Evangelismo por Todo o Continente Leva Revista Missionária à Comunidade

Centenas de adventistas do sétimo dia na América do Sul foram às ruas num sábado, na mais recente campanha de evangelização em todo o continente, registrando doadores de medula óssea, distribuindo estojos de controle da malária e promovendo iniciativas de saúde a líderes da comunidade.

Dirigentes denominacionais disseram que o evento e a distribuição conjunta de 30 milhões de revistas evangelísticas visaram a destacar o sábado do sétimo dia como um dia de esperança para as famílias, para a saúde física e mental e melhor contato com Deus.

A iniciativa estimulou marchas pelas ruas em cidades grandes e pequenas. Muitas tiveram alto-falantes montados em caminhões, carros e motocicletas.

Na cidade brasileira de Campos dos Goytacazes, no Estado do Rio de Janeiro, até um carro fúnebre foi transformado num veículo de propagação da mensagem de esperança da Igreja e de informações sobre a mensagem do sábado.

A mensagem foi levada no sábado: de avião no Brasil e Argentina, por balões na cidade brasileira de Santa Catarina, de barco na Amazônia, e a seguiu de cavalo em Augustinópolis, no Estado do Tocantins.

"A mensagem do sábado, para a população atual, que vive freneticamente cheia de atividades, é importante porque é preciso parar e refletir sobre a vida em relação com Deus e com nossos semelhantes", disse Erton Köhler, presidente da Igreja Adventista na América do Sul.

Iniciativas anteriores da Igreja Adventista na América do Sul incluem um Dia da Esperança em 2008, com 20 milhões de revistas distribuídas, e Casas da Esperança, onde os membros da Igreja convidaram amigos da comunidade para almoçar em suas casas.

Autoridades da Igreja dizem que a realização de grandes campanhas de um dia promovem a unidade da Igreja em todo o continente e canalizam a energia dos membros durante meses que antecederam à iniciativa. "Para nós [na América do Sul] não é apenas um dia, é um estilo de vida", disse Köhler durante uma entrevista da RAN em março. Organizadores locais da marcha disseram que a campanha deste sábado chamou a atenção de motoristas, pedestres, turistas e compradores.

Mesmo políticos observaram o que se passava. José Fortunati, prefeito de Porto Alegre, no Estado do Rio Grande do Sul, extremo sul do Brasil, elogiou a Igreja por sua ênfase não só sobre a espiritualidade, mas também no impacto social.

A igreja é uma força "prática" na vida das pessoas, Fortunati disse, citando a campanha End it Now contra a violência contra as mulheres e crianças.

Numa esquina de uma rua em Buenos Aires, Argentina, a juventude dramatizou para transeuntes as pressões da semana e o alívio do sábado. No Chile, malabaristas jovens entretiveram motoristas enquanto outros distribuíam a revista no Dia da Esperança. No Peru, a Igreja encarregou uma ministra de entregar exemplares da revista a autoridades políticas. Ela até realizou a entrega de um exemplar ao presidente peruano, Alan García.

Além do alcance espiritual, os membros da Igreja em várias regiões realizaram campanhas de coleta de sangue, registraram centenas de potenciais doadores de medula óssea e ofereceram exames de saúde e aconselhamento sobre vida saudável. Os membros da Igreja também acompanharam a iniciativa através de canais de comunicação denominacionais. Jornalistas adventistas e webmasters em Brasília fizeram a cobertura do evento por todo o sábado, postando fotos, histórias e vídeos em um blog em português e espanhol.

Há cerca de 2,1 milhões de adventistas na região da América do Sul, composta por Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai.



-- Márcio Tonetti contribuiu para esta matéria

Novo Presidente Adventista Prevê uma Igreja Marcada por Oração e Reavivamento

Em seu primeiro discurso aos funcionários da sede mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia, o presidente da Igreja, Ted N. C. Wilson, apresentou um plano estratégico para a denominação que visa a incentivar um renovado comprometimento dos membros à missão da Igreja.

Uma ênfase em oração pessoal e coletiva e o lançamento de uma Comissão de Reavivamento e Reforma na sede denominacional destacam-se no plano. A crença de que os cristãos não podem "apressar ou retardar" a Segunda Vinda é um equívoco, declarou Wilson. Conquanto a "manufatura" de programas ou atividades na sede da Igreja não possa "forçar" o retorno de Cristo, um "reavivamento à verdadeira santidade" e "humilde submissão a Deus" entre os cristãos pode, ele declarou, citando uma declaração da co-fundadora da Igreja, Ellen G. White.

No livro de Atos dos Apóstolos, lembrou Wilson, os apóstolos são descrito como tendo "um só pensamento" e "num lugar"-- condições que ele citou como responsável pelo derramento do Espírito de Deus. Ele acentuou que Deus está buscando uma disposição mental semelhante entre os adventistas hoje, aduziu.

Wilson declarou que recentemente recebeu um e-mail em que alguém expressava preocupação de que um empenho por reavivamento entre os adventistas poderia introduzir legalismo e um espírito exclusivista. Não é assim, garantiu Wilson aos mais de 400 funcionários reunidos no auditório da sede da Igreja hoje para ouvirem a sua mensagem. "Essa não é uma mensagem legalística; esta é uma mensagem de amor, de esperança e de encorajamento. ... Deus nos deu esta mensagem, e devemos compartilhá-la sendo o mais inclusivos possível", disse ele.

Compartilhar essa mensagem se firma em oração, declarou Wilson, instando os funcionários a acatarem uma ênfase sobre oração pessoal e coletiva. "Vocês são pessoas dedicadas, educadas, consagradas", declarou Wilson, "mas se não estivermos orando em humildade ... nossos talentos não valem praticamente nada".

Armando Miranda, um vice-presidente mundial da Igreja, foi nomeado presidente da comissão, com o vice-presidente geral aposentado, Mark Finley, servindo como vice-presidente em seu novo papel de assistente do presidente para evangelismo.

Wilson esboçou algumas expectativas específicas para os próximos cinco anos. Ele apresentou o lançamento das conferências internacionais de Bíblia e missão, centros onde pastores, professores, obreiros da área de saúde e outros podem se reunir para estudar a Bíblia juntos a fim de melhor captarem a "destinação espiritual" da Igreja. Idealmente, disse Wilson, as reuniões inspirarão o trabalho evangelístico. "Não devemos só nos sentar ali e assimilar tudo, mas sair", ele disse.

Os próximos cinco anos também testemunharão uma contínua ênfase em evangelismo mediante tecnologia, acrescentou Wilson, citando o impacto do Canal Hope, da Rádio Mundial Adventista e da Rede de Evangelismo Internética Global, bem como os ministérios de Websites da Igreja.

Wilson declarou que a Igreja sob a sua administração também salvaguardaria ênfases centrais tais como educação adventista e ministério de saúde. Redobrar o projeto "Conecte-se com Jesus", em que os livros de Ellen G. White são distribuídos a membros da Igreja por todo o mundo, é também uma prioridade, ele disse. Os funcionários da sede participaram do projeto esta manhã -- uma coleta foi levantada para remeter exemplares do livro 'O Grande Conflito', da Sra. White, para todos os lares no distrito postal vizinho.

Wilson também disse que envolver os jovens na missão da Igreja era sua meta--"não somente colocá-los numa comissão, mas indo bem além disso".

Um enfoque tanto sobre evangelismo quanto mordomia é esperado como catalizador para o êxito da Igreja nos próximos cinco anos, declarou Wilson. "Quando se tem essas duas coisas à frente no rumo certo, tudo o mais se encaixa".

O plano estratégio não é abrangente ou concreto e está aberto a sugestão, acentuou Wilson. "A Igreja Adventista não é uma organização que promove o 'poder aristocrático'. Não temos simplesmente alguém à frente que diz, 'É isso aí, cumpram-no', e as coisas acontecem. ... A melhor coisa a fazer é unir-nos em oração num ambiente onde uma multidão de conselheiro traz sabedoria", disse ele.

Ao solicitar as orações e participação dos funcionários segundo a Igreja avance, declarou Wilson, ele deseja "abrir a comunicação" entre o edifício e a Igreja. "Meu escritório é aberto. Se tiver uma ideia ou sugestão -- não me importa quão grande ou pequena seja -- vocês podem contatar-me e falar comigo".

4 Aug 2010, Silver Spring, Maryland, United States

Elizabeth Lechleitner/ANN